
Neste dia 08 de janeiro fui para Floripa para assistir ao show de Amy, que particularmente conhecia apenas algumas músicas e pouco sabia sobre o estilo de vida da cantora. Mas antes de ir para o show fiz questão de escutar seus 2 cd’s para não ficar tão perdido. Também sabia que teriam dois shows de abertura, antes do show de Amy. O primeiro com Mayer Hawthorne, e o segundo com Janelle Monae, ambos nunca tinha ouvido falar. Mas um dia antes resolvi procurar no youtube e torrents da vida para saber do que se tratavam.
Então no dia 07, um dia antes do show, Eu e mais 3, descemos para Floripa. Chegar um dia antes é importante pra aguentar ficar no show até o final, porque após os 30 anos a disposição é outra. E também porque precisaríamos pegar os ingressos no local.
Outra coisa importante que descobri nessa viagem, é que existem coisas que não são mais possíveis fazer após os 30 anos, como por exemplo, aguentar 2 shows em pé antes de assistir ao show principal. Vale dizer que chegamos ao local às 17:40h e que os portões do Music Park seriam abertos apenas as 20 horas. Mas valeu, conseguimos um lugar muito próximo ao palco. Na minha frente tinham apenas 3 pessoas, um cercado de ferro para ninguém invadir, logo após 1 dos seguranças e enfim… o palco. Realmente era um bom lugar e conseguiria ver a Amy bem de perto. Com certeza meus amigos estavam muito mais empolgados do que eu.
O primeiro show, do cantor Mayer Hawthorn começou por volta das 21h. Ele conseguiu cativar muito bem ao público. É um cantor criativo e muito carismático. Não deixou nada a desejar, mas particularmente não me entusiasmou muito. Não posso negar que o cara mandou muito bem dentro do seu estilo. Nota, 9. Passou acima da média.
O show durou uns 50 minutos mais ou menos. Terminado o primeiro, meus pés já estavam pedindo água. Também… estou em pé desde as 17:40h. Mas de nada adiantou meus pés pedirem água, pois a garrafinha de água mineral estava custando R$ 8,00 (oito reais), então meu lado pão duro resolveu sentar no chão e dizer aos meus pés… “se contente com isso”, porém só fiz isso porque era o momento que estavam arrumando o palco para a segunda apresentação da noite. E com isso eu só pensava… “meus pés irão aguentar até o show da Amy?”
Bom… começou o segundo show. Por volta das 22:20h. O show de Janelle Monae. E este sim foi realmente um Show. Eu nunca tinha ouvido falar desta menina até um dia antes de viajar. Nunca tinha escutado suas músicas até o dia em que resolvi conhecer seu trabalho pelo youtube. Sinceramente, achei interessante e não fez muito o meu estilo, mas seria o próximo show a curtir.
Quando começou a apresentação… UAU!… Foi incrível. Ela tem uma presença de palco. Suas músicas são muito dançantes! É impossível ficar parado. É empolgante. O show é todo performático. A banda está totalmente dentro. A Janelle canta muito, a banda toca muito. Impossível ficar parado. Arrebentou! Janelle fez o público urrar e fez até alguns passinhos do Michael Jackson. Com certeza assistiria novamente ao show e pena que durou tão pouco. Uns 50 minutos também. Foi incrível! Até esqueci dos meus pés reclamando. Recomendo assistir ao vivo e a nota é com certeza 10.
Então mais um intervalo e resolvi dar mais um descanso aos sofridos pés, pernas e agora costas e pescoço também. 30 anos no sedentarismo tem seu preço. Estava quase cedendo aos prazeres da água e desembolsando os oito reais, mas o destino me ajudou. Não passou nenhum vendedor próximo, e resumindo, chegou o tão esperando show. Já passava da meia-noite. Nem lembro direito qual foi o horário do início do show da Amy. E entendi pq foi necessário dois shows antes do principal.
Enfim… começa o show de Amy Winehouse. Entraram os músicos, o público foi ao delírio. Em seguinda entrou a cantora sem uma grande entrada, foi andando até o beira do palco e cuspiu o chiclete em direção ao público, mas não acertou ninguém, o chiclete caiu antes da cercadinho de segurança.
Começou o show. Logo na primeira música, nota-se o grande talento da cantora. Sua voz é incrível. Sua segunda música foi “Back to Black”, que particularmente é a minha preferida. Foi totalmente empolgante. Todo mundo cantando junto e Amy dando uns realces diferentes na interpretação. Pensei… “– Que bom! Ela está superando as expectativas!”. O tempo foi passando e nas duas próximas músicas Amy não sabia se cantava ou se tomava água. Uma das cenas impagáveis foi quando ela segurou o microfone e a água com a tampa fechada. Ela não sabia se cantava ou abria a garrafa com os dentes.
A partir desse momento. Amy começou o show, o Show dela, da personalidade dela, do mundo dela. Enquanto cantava fazia caras de “que saco”, “vou voltar pro camarim”. E realmente fez isso 2 vezes. Na segunda vez toda a banda foi junto, e o público alí, não entendendo nada. Todo mundo com cara de “ACABOU?” Mas ela voltou e cantou mais 2 músicas. Antes disso, tiveram momentos que ela mandou um dos “backing vocals”, cantar enquanto ela se “recuperava” no seu camarim. Também teve um momento em que ela sentou enquanto o backing vocal cantava, e aproveitou para tirar seu esmalte.
Amy cantou olhando muitas vezes para o chão, onde estavam suas “colas” com as letras das músicas. Suas colas ganharam mais atenção do que o próprio público.
Cada vez que Amy saía do palco, era perceptível na cara dos músicos a indagação: “- E agora, ela vai voltar?” Os músicos devem odiá-la. Na hora de apresentar a banda, ela não sabia o nome de quase nenhum dos integrantes.
E com tudo isso ficou claro porque foram necessários 2 shows antes.
Eu sinceramente acreditava que, alguém que estava fora dos palcos internacionais a aproximadamente 2 anos, voltaria fazendo o seu melhor. Agora entendi porque países do primeiro mundo não contratam mais os shows de Amy, porque ela não dá mais show. O que ela pode oferecer é seu estilo de vida e a pouca vontade de voltar aos palcos. Então deixemos ela “viver” sua vida e ser celebridade em sites e blogs com matérias, disputas e concursos de, “Quando Amy Winehouse vai morrer?” Eu apostaria que ela irá morrer aqui no Brasil.
Estou até desconfiado que ela veio para o Brasil, no Rio de Janeiro porque pretende assumir o morro do Alemão.
Acho que os produtores da Amy entenderam errado quando ela falou que queria passar o resto da sua vida “viajando”. Acharam que ela queria fazer turnê internacional. hehehe
E pra terminar. Após o show ficamos no estacionamento do Music Park em Floripa por mais de 2 horas para conseguir sair de lá. A logística é horrível. E de nada adianta você pagar estacionamento VIP. Você não tem preferência para sair. O espaço “Music Park”, pode ser grande, mas não tem capacidade logística para um show internacional.
Enfim, valeu ir para Floripa e assistir a grande apresentação de Janelle Monae, que teve uma abertura com Mayer Hawthorne e encerramento com Amy Winehouse.
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